Resenha: Marcapágina – Sexto Grau (2016)
Com boas composições, Marcapágina volta com um som coeso e sólido neste EP. O quarteto tem um rock leve, com um som bem jovem. Sabe pra onde está indo, pois mantém uma identidade por todo o trabalho.
Apesar de todas as cinco canções falarem sobre relacionamentos amorosos, o que foi um balde de água fria, isso fez com que eu prestasse mais atenção no som da banda, no encaixe de cada instrumento, nos solos, arranjos. Posso dizer que gostei do que ouvi, mas nada que me fizesse brilhar os olhos. Para os solos de guitarra, no entanto, esbocei um sorriso nas escolhas dos timbres.
Detalhe para o volume desequilibrado das músicas, as três primeiras são muito mais baixas do que as duas últimas, algo que soa bem complicado pra quem escuta no fone. Um erro que poderia facilmente ser corrigido.
De todas as faixas, a melhor, com certeza, é “Adaptar”. Tem um bom arranjo, com o baixo e a bateria na introdução e a inserção aos poucos da guitarra. É uma faixa que me surpreendeu pela sua pegada mais forte e vontade. Algo que estava faltando nas outras.
Diria que Marcapágina tem tudo para continuar despontando no cenário catarinense: boas composições, som coeso, um rock acessível. Mas se querem mesmo fazer os olhos brilharem, precisa de um bom tempero. Só falta botar sal e um pouco de pimenta.
Sexto Grau – Marcapágina
Gravadora: Independente
Um rock acessível. Mas se querem mesmo fazer os olhos brilharem, precisa de um bom tempero. Só falta botar sal e um pouco de pimenta.