Resenha: Jovens Ateus – Vol. 1 (2025)
Na contemporaneidade de 2025 e gravado no estilo de fita demo das bandas underground dos anos 90, a banda Jovens Ateus apresentou “Vol. 1”: um trabalho de estreia cru, direto e emocionalmente violento.
Com claras influências do post-punk como The Cure, Joy Division ou Sisters of Mercy, ambientes sonoros mais atuais como Molchat Doma e alguma pitada de Ratos de Porão, o quinteto paranaense surge dos escombros urbanos. E assim, através de batidas secas, guitarras sombrias, vocais marcantes (as vezes inteligíveis) e um baixo marcante, o quinteto paranaense não decepcionou a crítica que aguardava seu álbum com certo frenesi o trabalho de estreia.
E seja de forma proposital ou não, a ambientação de sugerir de ouvir este álbum num quarto escuro, triste e chovendo e o que torna este trabalho, no mínimo, interessante. E isso pode ser conferido de forma ampliada nas músicas “Flores Mortas”, “Passos Lentos” ou “Vultos”, apenas para citar minhas favoritas.
Em suma, Jovens Ateus chegou para ficar e tem um recado claro: a partir de agora, a dor tem um novo ritmo. E vale a pena gritar, mesmo que seja só para o eco te responder.
Vol. 1 – Jovens Ateus
Gravadora: Balaclava Records
O álbum de estréia do quintento paranaense pode ser traduzido como o caos melódico, apenas.