Música

Lady Gaga arrasta 2 milhões para Copacabana — e escapa de tentativa de atentado frustrada pela polícia

Mais de 2 milhões de pessoas acompanharam o espetáculo gratuito no Rio; operação “Fake Monster” revelou plano de ataque com explosivos e crimes de ódio

O show histórico que Lady Gaga realizou em Copacabana na noite de sexta (3/5) quase terminou em tragédia. A Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou no sábado (4) que frustrou um plano de atentado a bomba no evento, que reuniu mais de 2 milhões de pessoas na praia. O grupo por trás da tentativa de ataque promovia crimes de ódio e recrutava jovens pela internet. A operação que impediu o atentado foi batizada de Fake Monster.

Segundo a polícia, o grupo extremista planejava usar explosivos improvisados e coquetéis molotov. Durante a operação, dois suspeitos foram detidos — um deles por posse ilegal de armas e outro, um menor de idade, por armazenar pornografia infantil. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro estados. A polícia manteve a operação em sigilo até a realização do show para evitar pânico.

A apresentação seguiu normalmente e foi considerada a maior da carreira de Gaga. Com uma estética teatral gótica e um palco gigante de mais de 1.200 metros quadrados, o show marcou o retorno da cantora ao Brasil após 13 anos. Ela só soube da ameaça após encerrar a performance.

Nas redes sociais, Gaga agradeceu o público brasileiro e exaltou a energia única do país. Sua equipe afirmou ter confiado nas autoridades brasileiras e elogiou a organização do evento.

Editorial: Contra todo ódio

No Underfloripa, repudiamos qualquer forma de violência, preconceito ou intolerância. A tentativa de atentado no show da Lady Gaga não foi apenas um ataque contra uma artista, mas contra tudo o que ela representa: liberdade, diversidade, arte e amor.

É simbólico — e triste — que o alvo tenha sido um show gratuito, inclusivo, que levou milhões de pessoas à rua para celebrar juntas. A radicalização online, o extremismo e os discursos de ódio são uma ameaça real, e não podem ser normalizados.

Seguimos do lado certo: o da cultura, da liberdade de expressão, do respeito às diferenças. A gente acredita no poder transformador da arte, da música e do encontro. E acredita também que resistir é dançar na beira do abismo com a cabeça erguida. Como disse o filósofo alemão, Freidrich Nietszche: “Sem a música, a vida seria um erro”

Copacabana sobreviveu. Gaga brilhou. E a gente vai continuar fazendo barulho — do nosso jeito.

Alexandre Aimbiré

Alexandre Aimbiré

Estudante de Letras, guitarrista de fim de semana, DJ ocasional, leitor ávido de Wikipédia e escritor de romances de gaveta. Manézinho de nascimento, criado em Porto Alegre e atualmente mora em São Paulo. Como todo bom crítico, já tocou em várias bandas que não deram em nada.

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