Beherit – Carioca Club – São Paulo – 22/05/25
Uma resenha de show busca transmitir ao leitor o que aconteceu na apresentação ao vivo do artista. No caso do show dos finlandeses do Beherit não será uma tarefa fácil passar para estas breves linhas o que foi a apresentação que eles fizeram no Carioca Club.
De início li que o show seria uma experiência única. E foi. E aqui a produção acertou ao não colocar bandas de abertura (provavelmente já prevendo o quão intenso seria a apresentação da banda).
As 20:31h começa um som soturno (que ficou por uns 10 minutos) com os músicos da banda entrando no palco (era quase impossível ver pelo gelo seco que estava em todo espaço da casa). Do nada começa “Lord of Shadows and Goldenwood”, a primeira brutalidade da noite (seriam mais onze no total).
Se você não conhece o Beherit saiba que eles não seguem a “cartilha do black metal norueguês”. O som deles tem influências de Sarcófago, Bathory e Mercyful Fate, para a trilha sonora do inferno. Ao vivo a banda mistura black metal, noise, ambient, metal tradicional, criando um som que é a mais perfeita trilha do sonora do caos e destruição.
Após mais um uma música incidental, veio uma sequência de clássicos como “Salomon Gate’s”, “Nocturnal Evil” e “Black Arts” para incendiar o fiel público presente ao show. Aqui vale um destaque: já assisti a muitos shows de black metal e geralmente o público é frio. No show do Beherit não foi assim, pois a plateia acompanhou os berros do vocalista Nuclear Holocausto Vengeance e respondia entusiasticamente cada riff e berro que ecoava no Carioca Club.
A banda executou as 12 músicas do set sem bis (terminada a música “Pagan Moon” entrou novamente um som soturno, enquanto o público ficou com um misto de espera pelo bis e impacto do atropelamento sonoro que tinham sofrido). Em 71 min de shows os finlandeses mostraram a verdadeira face do black metal e da mais pura blasfêmia.