Coberturas

Dead Fish e Floripa: uma relação de longa data (e muito hardcore)

Na noite de sexta-feira, 21 de março, às exatas 20h45, o quarteto capixaba Dead Fish subiu ao palco como atração principal da Semana Balaclava, uma espécie de spin-off da 11ª Maratona Cultural de Florianópolis, que agitou a cidade nos dias 21, 22 e 23 de março.

E sim, eles trouxeram a Florianópolis toda a intensidade característica de seus mais de 30 anos de carreira. O show, realizado na icônica escadaria do Rosário, começou com energia máxima, o que só reforça a relação histórica da banda com a cidade. Desde os tempos do lendário Zero e Um, o Dead Fish visita a Ilha da Magia com frequência, cultivando uma base fiel de fãs, agora na casa dos 30 anos.

Como era de se esperar, o vocal inconfundível de Rodrigo Lima conduziu o público em um coro fervoroso, intercalado com pausas para agradecer e trocar ideia com a galera. O recado é sempre claro: é preciso resistir e se manter firme nos princípios de liberdade e igualdade que sempre guiaram o Dead Fish. E também a nós.

O setlist navegou entre clássicos antigos e faixas mais recentes, lançadas no disco Labirinto da Memória. Isso prova duas coisas: primeiro, que a banda continua atual, politizada e relevante; segundo, que o próprio Dead Fish superou adversidades e mudanças de formação, mantendo hoje o time com Marcão (bateria), Igor (baixo) e Rick (guitarra).

Não consegui anotar o setlist completo, mas abriram com “A Urgência”, e não faltaram pérolas como “Afasia”, “MST” e “Asfalto”.
Este show reforça que o hardcore segue vivo e pulsante, mesmo com outros estilos dominando a grande mídia. Mas isso nunca importou tanto: o Dead Fish sempre esteve à margem, lutando contra tudo e contra todos. E Isso é atitude.

📸 @marcelo.marafante

Frederico Di Lullo

Frederico Di Lullo

Redator publicitário, letrólogo, jornalista & fotógrafo de shows, nasceu na Argentina, coleciona vinil, é fã incondicional de música e um exímio apreciador de artes degeneradas.

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