Incêndio Cultural

A subserviência catarinense e o beatle Paul!

A subserviência catarinense e o beatle Paul, lançamentos do mercado e notícias da semana!

Enquanto esse escriba está de fronte ao seu notebook, Paul Maccartney está fazendo a alegria de pelo menos 30 mil pessoas no Estádio da Ressacada, em Florianópolis, “capital turística do Mercosul”.

Porque não estou lá?

Boa pergunta.

Primeiro porque sempre gostei mais dos Stones do que de Beatles, depois porque meu ex-beatle preferido era George Harrisson, e terceiro porque não tenho vocação para província.

Dito isso, vamos nos ater aos fatos.

Um estado que investe pouco em cultura (a salvação nos parece, está vindo com a já realizada Maratona Cultural, que teve sua segunda edição em março último e pelo que eu pude observar, foi um sucesso!), pouco em segurança, pouco em turismo e infra-estrutura, e sem contar outras mazelas, me coloca um aparato de chefe de estado para um músico?

Ok, ok..é um ex-beatle, fato! Uma das maiores bandas de rock que já existiram, mas tudo tem um limite. O fato que há mais de 20 dias não se lê outra coisa em Florianópolis do que notícias sobre Paul, a respeito do mesmo, sobre o que ele come, bebe, o que ele vestiu no Brasil…enfim, nada que realmente me interessasse (embora não se faça um jornal ou telejornal direcionado à uma pessoa) mas a quantidade de páginas dedicadas à Paul Maccartney em Florianópolis chega a ser um acinte! Um achaque à inteligência das pessoas que mui bem sabem que por conta do envolvimento do principal grupo de comunicação no evento em si, traveste de notícias propagandas escancaradas camufladas em… notícias.

Eu também escrevi sobre Paul em um jornal daqui de Florianópolis, mas precisamente um documentário muito bom que saiu pela gravadora ST2 aqui no Brasil, e que o leitor poderá ler outra versão na sessão de música do site.

Mas o que está acontecendo em Florianópolis essa semana, ultrapassa todas as opções do aceitável em relação ao músico em questão.
Com 37 anos não me lembro de tamanha subserviência a uma figura pública na também minha cidade.

Todos babando por um suspiro que seja, tais como cachorros em busca de um osso de seu dono.

Sou favorável inconteste da imprensa livre, mas não de transformar a mesma em um retrato mercantilista de uma atração em uma cidade tão cheias de problemas e mirar no artista como se esse fosse a solução de todos os nossos problemas. A vocação para província ainda não nos abandonou, infelizmente essa “cidade de Floriano” continua baixando os fundilhos aos interesses privados..e obviamente boa parte da imprensa vai atrás…mas nem todos, ainda bem!

NOTÍCIAS….

Vigilante lança dois álbuns de Toro Y Moi

Com pouco mais de um ano desde o lançamento de “Underneath the Pine”, segundo álbum de Toro Y Moi e o primeiro a chegar ao Brasil, o selo Vigilante (Deck) traz o novo trabalho do americano Chazwick Bundick, “June 2009”. O disco é composto por lados B, demos e raridades e tem lançamento digital no país simultaneamente com os EUA no final de abril.

Além disso, o Vigilante (Deck) coloca nas lojas o álbum “Causers of This”, estreia de Toro Y Moi, lançado em 2010 no exterior. O disco, que rendeu boas críticas em sites de renome como Pitchfork e NME, é composto por 11 faixas e chega em formato digital e físico.

Bazar Pamplona, Hidrocor e Benjamins realizam shows na praça Victor Civita

Bandas paulistanas mostram sucessos dos novos álbuns no dia 28

No próximo dia 28 de abril às 15h, a praça Victor Civita, em São Paulo, recebe três bandas que fazem parte da geração contemporânea da música paulistana. As apresentações prometem surpreender o público presente ao local. O Bazar Pamplona, a Hidrocor e os Benjamins mostram um faixa a faixa dos álbuns “Todo Futuro é Fabuloso”, “Edifício Bambi” e “Ando Bem Alto”.

Sobre o Bazar Pamplona

Formado em São Paulo, o grupo transita entre o rock alternativo contemporâneo e o flerte discreto com a MPB.
O Bazar Pamplona é Êstevão Bertoni (voz e guitarra), João Victor dos Santos (guitarra), Rodrigo Caldas (bateria), Rafael Capanema (baixo e teclado) e Pinguim Miranda ( teclado e baixo).

Sobre a Hidrocor

Ousado no repertório, com letras doces e melodias cativantes, “Edifício Bambi” é o álbum de estreia da banda Hidrocor. O duo Marcelo Perdido e Rodrigo Caldas passeia do pop ao folk em arranjos cheios de ritmos e ousados.

Sobre o Benjamins

Com um repertório marcado pelo pop/ rock, o quarteto formado por André Spera (voz, guitarra e piano), Adriano Conter (bateria, percussão e vocais), Caio Filipini (guitarra e vocais) e Juliano Coelho (voz e baixo) apresenta as canções do álbum “Ando Bem Alto”.

Serviços:

Dia: 28/04 (sábado)
Horário: 15h
Local: Praça Victor Civita
Endereço: Rua Sumidouro, 580 (Próximo a estação Pinheiros)
Preço: gratuito

Trama remixa álbum “Elis”, de 1972

Processo de produção é transmitido ao vivo pelo TV Trama

O produtor João Marcello Bôscoli deu início à remixagem de “Elis”(Universal). Lançado em 1972, o LP, que traz na capa uma foto da cantora sentada numa cadeira, foi o primeiro disco de Elis com o pianista e arranjador Cesar Camargo Mariano. “Casa no Campo”, “20 Anos Blues”, “Atrás da Porta” e “Bala com Bala” são alguns dos sucessos gravados nesse álbum.

Assim como foi feito pela Trama com “Elis e Tom” (1974), “Falso Brilhante” (1975) e “Elis” (1980), a ideia da remixagem de “Elis” é atualizar o som do álbum. O trabalho, resumidamente falando, consiste em replanificar o estéreo, abrir os 4 canais da gravação original em fita analógica e mixá-los usando as tecnologias de hoje junto com equipamentos valvulados da época, eliminando ruídos e trazendo um som atualizado.

Na década de 70, quando o disco foi gravado, o processo de mixagem tinha muito menos recursos do que hoje e era feito para o formato de vinil, que contribuía para aquele conceito de mixagem.

A remixagem de “Elis” está sendo feita por João Marcello e pelo engenheiro de som Luis Paulo Serafim no Estúdio Trama. Todo o processo é transmitido ao vivo, através da TV Trama, de segunda à sexta das 16h às 18h. Durante as transmissões, também vai ao ar algumas imagens de Elis, bem como depoimentos sobre a cantora,

Para assistir a TV Trama acesse: http://tv.trama.uol.com.br/

Marcelo Quintanilha faz homenagem aos Orixás em faixa do novo álbum

“Meu Orixá” traz a percussão de Dalua, o contrabaixo de Magno Vito e o violão de Camilo Carrara

O cantor e compositor Marcelo Quintanilha lança mais uma faixa do seu novo trabalho, “Cumulus Sambas”. A música escolhida é “Meu Orixá”, homenagem ao Candomblé que o autor trouxe na bagagem de seus laços com a Bahia.

“Meu Orixá” é um samba-axé com as cores de todas as guias. Composta por Marcelo Quintanilha, a canção tem a participação do consagrado percussionista Dalua, do contrabaixista Magno Vito (integrante da banda de Tiê, Mariana Aydar e Márcia Castro, além de integrar a equipe da Comando S Áudio), de Camilo Carrara no violão e do próprio Quintanilha no vocal. Gravado nos estúdios da Comando S Áudio e com direção de Serginho Rezende.

Acompanhando a faixa “Meu Orixá”, um video registra desenhos elaborados pelo autor com símbolos que representam cada Orixá citado.

Para assistir ao clipe:

Mais informações e novidades: www.marceloquintanilha.com.br

Roberta Campos lança clipe de “Diário de um Dia”

Faixa-título e primeiro single do novo álbum de Roberta Campos, que chega às lojas em maio, “Diário de um Dia” acaba de ganhar sua versão em vídeo. Foi dirigido por Blake Farber, que já trabalhou com a cantora Beyoncé no clipe de “Countdown”. Gravado no Parque Lage (Rio de Janeiro) e no Parque do Ibirapuera (SP), o clipe tem clima leve e alegre, bem na onda da música.

Para assistir: http://www.youtube.com/watch?v=5hF2lx5L6gw

Coluna escrita ao som de:
Lirinha – LIRA – Independente
PJ Harvey – Let England Shake – Universal Music

Luciano Vitor

Luciano Vitor

Formado em direito, frequentador de shows de bandas e artistas independentes, colaborou em diversos veículos: Dynamite, Laboratório Pop, Revista Decibélica, Jornal Notícias do Dia, entre outros. Botafoguense moderado, carioca radicado em Florianópolis há mais de 20 anos.

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