Você precisa conhecer

10 Bandas do Pop Psicodélico Britânico dos Anos 60 – Parte I

Se o intuito da coluna é apresentar boas bandas desconhecidas da grande maioria, hoje resolvi fazer a primeira parte com uma lista do que rolou na Reino Unido no final dos anos 60, especialmente no pop psicodélico. Ai vão as 5 primeiras bandas que você precisa conhecer:

The Idle Race

Essa banda é um dos destaques da lista por ter sido a primeira banda de Jeff Lynne (que posteriormente iria para o Move e após para Electric Light Orchestra). A banda teve núcleo central o guitarrista Dave Pritchard, o baixista Greg Masters e o baterista Roger Spencer. Mas foi com a entrada de Lynne que eles gravaram os dois discos de destaque: The Birthday Party (1968) e The Idle Race (1969). Canções como Sea of Dreams, Going Home, Someone Knocking, I Like my Toys e Follow me Follow mostram o motivo da banda ter sido um dos destaques dessa cena no Reino Unido. Após a saída de Lynne, em 1970, ainda gravaram mais um disco (Time Is, 1971), mas sem o mesmo brilho.

Kaleidoscope

Já é meio clichê dizer para não confundir o Kaleidoscope inglês com o grupo americano de mesmo nome (e período). Formada em Londres, no ano 1967, a banda lançou seu álbum de estreia, Tangerine Dream, recheado de canções com belas harmonias e melodias. São destaque as faixas Please Excuse my Face, Drive Into Yesterday. Flight from Ashiya e Holiday Maker, onde podemos conferir a qualidade das composições de Eddy Pumer e dos vocais de Peter Daltrey. Em 1969 foi lançado o segundo disco (Faintly Blowing) que tem como destaque as canções Snapdragon, (Love Song) for Annie e Jenny Artichoke. Em 1970 a banda mudaria de nome, para Fairfield Parlour e lançaria o bom álbum From Home to Home.

Tomorrow

Banda londrina que iniciou as atividades com o nome The In Crowd e posteriormente adotou o nome Tomorrow. Em sua formação os nomes de destaque são o vocalista Keith West e o guitarrista Steve Howe (que depois iria integrar o Yes). Registraram apenas um álbum e alguns singles, capturando a efervescência da cena psicodélica londrina. Das músicas que a banda gravou destaque para My White Bycicle, Real Life Permanent Dream, Three Joly Little Dwarfs, Claramount Lake e os covers Why (The Byrds) e Strawberry Fields Forever (The Beatles). Na época do lançamento do álbum o grupo teve boa recepção da crítica (John Peel era uma entusiasta da banda), mas não obtiveram sucesso comercial e encerram as atividades em 1968.

Blossom Toes

Outra banda londrina na lista, o Blossom Toes surgiu em 1966 como um quarteto já inserido na emergente cena psicodélica londrina. O primeiro álbum deles, We Are Ever So Clean, chamou bastante atenção na época. Canções como Look at Me, I’m You, When the Alarm Clock rings, Telegram Tuesday, I’ll Be Late for Tea e I Will Bring you This and That mostram uma banda carregada de harmonias e melodias psicodélicas (com uma cativante pegada pop). O disco, inclusive, é considerado um 100 melhores álbuns psicodélicos pela Record Collector’s. Em 1969, após algumas mudanças na formação o Toes lançou seu segundo disco If Only for a Moment. Aqui já temos uma banda mais pesada (com duas guitarras bem destacadas) e uma psicodelia flertando com o heavy (que emergia na época), mas ainda mantendo momentos pop, como nas faixas Listen to the Silence e Billy Boo The Gunman. Os dois álbuns foram relançados com vearias bonus track.

July

Outro quarteto londrino, que esteve atuante entre 1968 e 1969 (voltou em 2009 para uns shows) que se destacou pela mistura pop/psicodelia. Com influências variadas, que vão de The Shadows a Everly Brothers, a banda lançou apenas um álbum em 1968, com destaque para as faixas Dandelion Seeds, Jolly Mary, Hallo to Me, The Way, To Be Free e I See. Com um som que mistura Pink Floyd e Spencer Davis Group, o July não conseguiu sucesso comercial e encerrou sua atividade em 1969. Destaque para o vocalista/guitarrista Ton Newman que lançou vários álbuns solo, além de ter produzido outros vários álbuns de diversos artista (destaque para Tubullar Bells, de Mike Oldfield).

Segue uma playlist com cinco álbuns para você conferir o som dessas bandas “perdidas” na psicodelia inglesa. Boa diversão!

Catatau

Catatau

Urso isolado no parque de Yellowstone, local aonde escuta vinis e CDs estranhos. Radical opositor de streaming e de quem filma shows, sempre busca descobrir o novo Roxette do século XXI.

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