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Resenha: Morcegula – Caravana dos desajustados (2025)

Morcegula não quer agradar. Nunca quis. E isso fica claro logo nos primeiros segundos de “Caravana dos Desajustados”, o segundo disco do duo formado por Rebeca Li (vocais e bateria) e Badke (guitarra e voz).

A banda, que já tem nome de filme B e postura de banda que nunca vai tocar no Lollapalooza ou The Town (ainda bem), escancara neste álbum sua estética torta, suja, dançante e deliciosamente desajustada.

As faixas funcionam como capítulos de uma crônica urbana, com letras cruas e diretas sob a estética do “rock trevoso”, como eles gostam de catalogar seu trabalho. Tem punk, tem garageira, tem rockabilly, tem algo de pós-punk bêbado e até uma psicodelia torta que parece saída do A Date With Elvis, do The Cramps.

Algum destaque? Foda-se. O disco todo é um soco só. Feito para ouvir numa sentada de uma cerveja sozinho. Afinal, são 13 faixas em menos de 29 minutos. Mas, se for pra citar, R de Rei merece replay, pois me lembrou de quando eu não queria ir embora do bar de madrugada e ficava dançando. Bons tempos!

Em suma, não é uma obra-prima, mas é algo legal de se ouvir. E preferencialmente, bem, mas bem alto e com um copo de cerveja na mão.

7.0

Caravana dos desajustados – Morcegula

Gravadora: Goma Base

Foi numa noite extremamente quente e abafada de verão, que escutei Morcegula pela primeira vez. Um amigo me mandou o link dizendo apenas: “Ouve essa porra. É importante.” E era. É.

Frederico Di Lullo

Frederico Di Lullo

Redator publicitário, letrólogo, jornalista & fotógrafo de shows, nasceu na Argentina, coleciona vinil, é fã incondicional de música e um exímio apreciador de artes degeneradas.

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