Resenha: Psilocibina – Psilocibina (2018)
O power trio de nome sugestivo vem do Rio de Janeiro. Após 3 anos de muita labuta finalmente a banda colocou o seu bloco na rua, digo o trabalho na rede.
Com uma forte pegada setentista, a banda consegue não repetir os mesmos feitos de outras bandas atuais de focar simplesmente em um único ritmo. Primeiro porque nem toda a música instrumental é fácil de se ouvir. Isso é uma verdade. Existem músicos e MÚSICOS.
Os últimos conseguem transformar acordes em música e quando se propõem a fazer apenas a parte instrumental, eles têm que ser muito, mas muito bons para prender a atenção de quem os ouve.
Esse é o grande trunfo da Psilocibina. As faixas mantem uma incoerência entre si, mais parecem uma trilha sonora de um filme de ação da década de 70 misturado a um musical e ficção cientifica. Complicado?
Não, nem um pouco, pois ao optarem pela liberdade sonora, o trio consegue a magia de surpreender cada um que escuta o primeiro trabalho cheio da banda.
Dá para notar a maestria de uma fusão de jazz com stoner (que para os poucos entendidos se fundem muitíssimo bem) na faixa “Supernova 3333”. Ou mesmo o funkeado da música “Na Selva Densa”, que remete a ritmos latinos e mantem uma pegada a la Carlos Santana encontrando Jimi Hendrix.
A disparidade entre as influências dos rapazes não só assusta, mas deixa o mais incauto ouvinte feliz por saber que o rock ainda consegue surpreender e deixar um velho critico de queixo caído com a maestria e tamanha desenvoltura de 3 músicos prontos para a próxima!
Alta octanagem, faixas redondas e cheias de magia com pitadas de latinidade, rock, jazz e virtuosismo!
Psilocibina – Psilocibina
Gravadora: Abraxas/Electric Magic
Se engana que do Rio de Janeiro só vem funk e pagodeiros ruins! A cidade pode se orgulhar de ter um power trio instrumental de primeira linha!