Resenha: Bianca Gimonti Trio – Primeiro Céu (2015)

Dizem que filho(a) de peixe, peixinho (a) é. Reduzir o talento de Bianca, sobrenome Gimonti é querer tentar começar o texto informando de quem ela é filha.

Vamos ignorar simplesmente o primeiro parágrafo. Ele só será lembrado no final dessa resenha, ok?

Bianca é uma musicista de mão cheia! Não apenas toca piano de maneira sublime, como sabe alternar os ritmos de maneira matemática e harmônica. Ora um ritmo jazzístico, ora sinfônico. Se tocar piano já é difícil, Bianca faz isso e canta.

Canta com um alcance e segurança vocal incríveis. A segurança é algo que se alcança com muito estudo e talento. Não apenas é uma musicista segura de si, como se faz acompanhar de dois excelentes músicos, Julio Falavigna na bateria e percussão e Antonio Porto, baixista, coro e e voz.

Mas como uma artista e sua banda tão elogiados, não estão na mídia?

Porque se Bianca fosse europeia, os jornais de sempre estariam tecendo loas ao talento da menina. Mas ela é brasileira, lançou um disco que pouca gente ouviu, e mesmo assim é um talento descomunal, uma verdadeira força da natureza, talhada em música e ritmo.

Não bastasse tudo isso descrito anteriormente, Bianca sabe se fazer acompanhar. Seus convidados vão de Jane Duboc a Paula Santoro. Quem? Dirá o incauto leitor.

Meu amigo e amiga, se você não as conhece, você não conhece a música brasileira de qualidade.

Bianca não precisa ir em programas populares, nem usar roupas curtas e decotadas, porque tem seu talento como traje. Se isso não é superar qualquer discurso por falta de espaço, desculpa.  Essa artista tem talento!

Uma pena que o Brasil não conheça Bianca como esse que vos escreve está tendo a alegria de escutar um trabalho tão delicado e rico.

É jazz, pop, MPB, música clássica e indie. Tudo no mesmo trabalho que contem 11 faixas, das quais apenas uma é uma regravação.

Obrigado Bianca por fazer um critico acreditar que existe vida além do mainstream, mais uma vez!

A propósito, Bianca, sobrenome Gismoti, é filha de Egberto.

E se você também não o conhece, me desculpa querido (a) leitor (a), vai procurar no google.