Resenha: Bon Iver – SABLE, fABLE (2025)
Quando o Bon Iver lançou o EP de 12 minutos SABLE em outubro do ano passado, eu fiquei extremamente animado para um novo álbum completo. Mas essa empolgação foi es esvaiando no ar, até esquecer completamente esse lance e só lembrar quando o algoritmo do streaming jorrou ele diretamente na minha home.
Havia sim, com toda certeza, um pouco de nostalgia de tempos passados, de época de faculdade e de festinhas cults. Assim que me acomodei e dei play, animado. Bem… depois que eu toquei fABLE, apenas uma vez, todo aquela empolgação foi pra casa do caralho.
O folk indie ou sei lá que diabos virou uma chacota, parecendo música gospel que mistura o canto agudo de Justin com alguns vocais femininos angelicais. Aí você para e pensa “hmm, ok. Vou continuar ouvindo”. Aí a próxima faixa é uma cópia indêntica a qualquer música do Frank Ocean. Logo, “Walk Home” aparece marcando uma batida estranha e lá outro som sem identidade e genérico.
Enfim, cada faixa consegue ser pior do que a anterior. O álbum inteiro soa como Bon Iver passando por uma crise de identidade/meia-idade. É como se eles estivessem tentando se adaptar aos tempos e decidissem fazer as coisas soarem mais “descoladas”, numa pegada “tiozão da Sukita” ou o “Boça trader”, saca?
Sempre prezo pela autenticidade, mas aqui, o troço ficou inautêntico pra caralho. Se conseguir poupar seus ouvidos, ponto pra você!
SABLE, fABLE – Bon Iver
Gravadora: Jagjaguwar
Esse álbum me causou constrangimento. Não queria ter ouvido!