Resenha: Ecos Falsos – Quase (2010)

Não se sabe se é um livro, um DC, um misto dos dois, mas a verdade é que se a banda era virgem até o momento de ter lançado “Quase”, conseguiu unir duas potentes frentes, o áudio e a literatura.

Para quem adquirir os dois juntos, é uma pedida e tanto, já que desde seu EP “A Última Palavra em Fashion”, a banda vem numa crescente, daquelas que dá gosto de acompanhar. Melodias assobiáveis, cozinha tinindo, músicos no seu auge de atuação e o bom e velho jeito Ecos Falsos de ser, nunca se levar a sério demais, porém, com aquela pegada fodástica (como diria uma velho rabugento colunista), pronto, você tem um dos melhores discos completos lançados no ano passado, que eu somente agora tive a oportunidade de pegar fisicamente nas mãos. Querem saber? Valeu a pena esperar, bom demais…

O Livro-CD faz parte dos ambiciosos planos desses sem vergonhas! Desde aquele longínquo EP, a banda passou por mudanças, não só de formação, quanto a de não ter vergonha nenhuma de não ter estilo algum! É rock, é pop, é erótico, é escancaradamente escrachado e também possuem um puta talento para atirar para todos os lados e acertarem todos os alvos!

“Quase”, “Spam do Amor”, “Só Penso no Meu Bem” (participação especial de Erica Martins), “O Segredo para a Felicidade Sem Esforço” e mais onze canções, isso tudo é Ecos Falsos por eles mesmos, e ninguém, digo, ninguém pode competir com esses abusados do rock independente que é puro humor, talento e pujança na paulicéia desvairada!