Resenha: Hotelo – Estranho Conhecido (2025)
Cinco álbuns depois, temos a banda Hotelo ainda buscando seu ponto de ebulição. Em Estranho Conhecido, lançado em 2025 pela Sony Music, a trupe paulistana que surgiu da convivência entre amigos aposta alto em um disco que se vende como íntimo e experimental mas que, no fim das contas, soa mais como trilha sonora de um final de tarde genérico.
Bom, não há nada exatamente errado nas 12 faixas. Elas têm produção caprichada, participações de peso (como Vitor Kley) e letras que trazem nostalgia, conflito e amadurecimento. Mas a impressão é de um trabalho que não solidifica uma ideia. A cada faixa, parece que o Hotelo tenta agradar públicos distintos e acaba não marcando nenhum.
“Já”, “Eclipse” e “Só Um” têm aquela vibe pop radiofônica que poderia muito bem tocar entre um episódio de série teen e uma propaganda de banco digital. Se por um lado a sonoridade é acessível, por outro, falta atitude, provocação ou até mesmo posicionamento.
A comparação com bandas como Lagum e Jovem Dionisio é inevitável e, dependendo do seu gosto, isso não será exatamente um elogio. No fim, Estranho Conhecido é um álbum que tenta dizer muito, mas termina dizendo pouco.
Estranho Conhecido – Hotel
Gravadora: Sony Music Brasil
Hotelo tenta soar profundo em “Estranho Conhecido”, mas entrega um pop morno e mela cueca, que parece tirado de uma playlist genérica. Totalmente mas esquecível.
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