Resenha: Los Pepes – Out Of The Void (2025)
Se você sente falta de guitarras sujas, refrões que grudam como chiclete e uma bateria que parece ter sido gravada com o microfone dentro do bumbo, então o novo disco do Los Pepes, Out of the Void, é o seu bilhete de volta para quando o rock ainda tinha cheiro de cerveja quente e fita cassete.
Com 12 faixas em pouco mais de 30 minutos, o álbum da banda britânica é uma aula de como fazer power pop/garage rock com pegada punk sem soar como um pastiche de si mesmo.
A abertura com Thoughtless Boys já entrega o recado: riffs cortantes, bateria acelerada e um refrão que poderia ter saído de um compacto dos Buzzcocks. New Christians traz um deboche direto, com introdução de bateria à la Ramones. Até agora, nada mal.
Mas não pense que o disco é só porrada. Sweet Appeasement e All I Got Is Time desaceleram o ritmo, incorporando teclados, mostrando que a banda sabe variar sem perder a identidade.
Para quem viveu a cena de qualquer cidade nos anos 90, Out of the Void é como reencontrar um velho amigo: barulhento, sincero e com histórias para contar. Por isso, se você é daqueles que acredita que o rock morreu, sinto informar: o problema é você.