Resenha: Monte Resina – Nem Era (2025)
Monte Resina, banda de Florianópolis, volta das profundezas do hiato com Nem Era e, olha, a espera valeu cada riff. O disco instrumental que mistura metal alternativo, pós-hardcore, prog e umas pitadas de punk, não fica devendo nada para bandas gringas como Russian Circles ou God is an Astrounaut, por citar algumas gêneses do estilo.
A parada é intensa: é riff atrás de riff, bateria que alterna entre a porrada seca e a construção criativa, baixo pulsante e uma atmosfera que vai do industrial ao stoner, sempre surpreendendo. Das 11 faixas destaco Hum na Mão, que já chega quebrando tudo com mudanças de andamento e uma entrega visceral. Já Le Cloner e Afanador Disqueiro seguem na mesma pegada: riffs verborrágicos, bateria insana e aquela sensação de que a calmaria ficou na porta do estúdio de gravação.
Em suma, Nem Era é um trabalho magnético e necessário para quem sente falta de música instrumental pesada, sem medo de experimentar. Audição obrigatória para quem ainda acredita que o underground pulsa forte por Desterro.
Nem Era – Monte Resina
Gravadora: Independente
Monte Resina entregou, em Nem Eras, um trabalho maduro, contemplativo e corajoso. Vale MUITO a pena você ouvir e conferir.