Resenha: Sting – (2016)
O décimo segundo álbum solo de Sting, “57th & 9th” é o primeiro em muitos anos em que vemos o retorno de um Sting mais roqueiro, mais parecido com o Police, porém mais pasteurizado. A voz de Sting não é mais a mesma, mas dá pro gasto. Pela primeira vez em muitos anos, não há nenhuma incursão em terrenos desconhecidos e experimentações com outros gêneros musicais ou o que se convencionou a chamar de “world music”. É um disco direto, sem muita frescura.
A estrutura do disco é bem aquela padrão de Lado A e Lado B, com os singles na primeira metade do disco e segunda metade do álbum, é mais lenta, com várias faixas acústicas, contrastando a pegada um pouco mais roqueira do começo do disco. Várias das músicas poderiam ter saído de qualquer disco do Police, como a pesada “Petrol Head” e a primeira faixa e primeiro single, “I Can’t Stop Thinking About You”. Já nas acústicas, o destaque fica com “If You Can’t Love Me”.
No final das contas, Sting lançou um ótimo, porém esquecível disco. Depois de ouví-lo umas três vezes, nenhuma das faixas me causou uma sensação duradoura. A segunda faixa, “50,000”, foi escrita logo após a morte de Prince, na Sting pensa em seus companheiros de armas, mortos e perdidos, como soldados em busca de uma causa. As cinquenta mil vozes dos fãs que entoam suas músicas o tornam imortal, mas eu duvido que cinquenta mil vozes cantarão o refrão de qualquer uma destas músicas num show.
57th & 9th – Sting
Gravadora: Universal Music
Um excelente, mesmo que esquecível, retorno de Sting ao Rock.