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Resenha: Wednesday 13 – Mid Death Crisis (2025)

No começo dos anos 2000, enquanto o mundo empurrava guela abaixo o chororô industrial do Nu Metal e o pop enlatado das boy bands, o Murderdolls cuspindo sangue e maquiagem borrada, lembrando que o rock também podia ser um espetáculo teatral, sujo e divertido. E no centro desse pandemônio estava ele: Wednesday 13, uma figura, no mínimo, peculiar.

Mais de duas décadas depois, o cara continua na ativa com seu trabalho solo, baseado no horror punk com altas doses de sleaze metal e uma pitada de humor mórbido. E aí que Mid Death Crisis entra em cena que, como o nome indica, é uma crise de meia-idade com forte cheiro de cemitério, riff poderosos e letras dignas de um psicopata.

A abertura There’s No Such Thing As a Monster é um prólogo macabro e cinematográfico que engata direto em Deceased and Desist, faixa que gruda como miasma no ouvido. Mas a porrada mesmo vem com Rotting Away: um hino de ódio e vingança, naquela pegada mais que lembra o álbum American Psycho do Misfits.

E é sobre isso. Não tem erro: riffs certeiros, letras doentias, energia teatral e aquela sensação de que o rock ainda pode, sim, ser divertido, perigoso e até mesmo ridículo (no melhor dos sentidos).

7.0

Mid Death Crisis – Wednesday 13

Gravadora:

Não tem erro: riffs certeiros, letras doentias, energia teatral e aquela sensação de que o rock ainda pode, sim, ser divertido, perigoso e até mesmo ridículo (no melhor dos sentidos).

Frederico Di Lullo

Frederico Di Lullo

Redator publicitário, letrólogo, jornalista & fotógrafo de shows, nasceu na Argentina, coleciona vinil, é fã incondicional de música e um exímio apreciador de artes degeneradas.

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