Resenha: Tagua Tagua – Raio (2025)
Sabe aquele disco que você coloca sem compromisso, meio distraído, e de repente se pergunta, o que é isso? Pois é. Em RAIO, o terceiro álbum do Tagua Tagua, tive esse tipo de experiência. E digo isso vindo de alguém que geralmente prefere guitarras distorcidas.
As nove faixas soam como se o Felipe Puperi, mente criativa por trás do projeto, tivesse decidido montar uma pista de dança na beira da praia, só que com sintetizadores cobrindo as paredes e vocais que funcionam mais como um mantra do que como uma conversa. Sim, você vai precisar prestar atenção pra entender as letras – mas juro, nem faz tanta falta. Até porque pra mim, foi como se a voz fosse só mais um instrumento nessa vibe que o disco cria. Das faixas que eu mais gostei, cito Lado a Lado e Dia de Sol, que abre os trabalhos.
Em suma, um disco com a de Florianópolis. E como a última apresentação do projeto aconteceu em junho de 2023, no Desgosto Bar, não deve demorar em pintar por aqui. E se tudo der certo, conferiremos ao vivo.
RAIO – Tagua Tagua
Gravadora: Wonderwheel Recordings
Tagua Tagua acertou em cheio: psicodelia pop na medida certa, dinâmico, contemplativo e com uma melodia grudenta. Nada mal!