Resenha: The Hellacopters – Overdriver (2025)
Em um cenário musical que muitas vezes se perde, os suecos do The Hellacopters chegam com seu nono álbum de estúdio, Overdriver, para nos lembrar de uma verdade fundamental: o rock and roll, quando bem-feito, é atemporal, insubstituível e foda pra caralho.
Com 30 anos de estrada nas costas, algumas milhares de viagens pelo mundo e uma legião de fãs nos 4 cantos da terra (gosto dessa frase, não sou terraplanista!), Overdriver é uma aula magna de rock setentista, do início ao fim. Gravado nos Strawberry Studios e The Honk Palace, e totalmente produzido por Nicke Andersson, o disco marca o segundo trabalho do grupo desde sua reunião em 2021, consolidando o retorno triunfante de uma das bandas mais influentes do rock de garagem europeu
A primeira faixa Token Apologies já sinaliza: rock direto, sem firulas e com aquela personalidade que a banda nos acostumou nos outros 8 álbuns de estúdio. Seguimos com Don’t Let Me Bring You Down e Wrong Face On, trazendo aquela simbiose entre agressividade e melodia. Assim, lá se vão às 11 faixas e pouco mais de 40 minutos. Tudo muito real, honesto e sujo, como o rock tem que ser.
Para fãs de rock clássico, hard e garage rock, este álbum é obrigatório. Pode não soar tão sujo como o começo de carreira (os EPs Strikes Like Lightning e Supershitty to the Max! são maravilhosos!) e é até engraçado pois a trupe poderia facilmente viver de glórias passadas. Mas não, eles entregam um trabalho maduro, consistente e que se coloca ao lado dos melhores de sua discografia e, sem dúvida, um dos grandes lançamentos de 2025.
Vida longa, meus caros!
Overdriver – The Hellacopters
Gravadora: Nuclear Blast / Shinigami Records
"Overdriver" é como um carro clássico restaurado com peças modernas: tem cheiro de gasolina antiga, mas corre com o motor novo.